Vereador Luz faz questionamentos aos secretários de saúde: "A vigilância sanitária já está no aeroporto e nas fronteiras?"

por victor.farias — publicado 19/03/2020 17h24, última modificação 19/03/2020 17h24

O vereador João Marcos Luz (MDB) participou da sessão desta quinta-feira, 19 de março, na Câmara Municipal, com as presenças do secretário estadual de saúde, Alysson Bestene e do secretário de saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, convidados à Casa Legislativa para apresentar as medidas do Governo do Estado e da Prefeitura para evitar a propagação do coronavírus e para esclarecer as dúvidas sobre a doença. O emedebista deu sugestões e fez indagações aos dirigentes visando o combate ao vírus.

"Nós estamos aqui para combater defeitos, os defeitos dos gestores públicos, porque nós não combatemos qualidade. Fiquei muito preocupado no início das falas. Vi muito tumulto, inclusive vi pânico nas pessoas, isto me incomodou muito. As pessoas não correram para os mercados à toa para comprar álcool em gel e para fazer a feira. A cidade não está limpa à toa. Tudo foi uma questão, na minha opinião, de má comunicação. Na minha concepção trouxeram medo à população. Nós estamos, de fato, passando por um momento difícil. Se nós formos trazer o que está acontecendo na Itália, na França e na China para cá, todo mundo cava um buraco e se enterra. Todavia, Rio Branco ainda, e eu espero que a gente não chegue a essa situação, não tem nada a ver com o que está acontecendo lá. Me parece que este sentimento foi trazido para cá, inclusive pelas autoridades e, hoje, nós estamos em uma situação difícil. Espero que todos nós tenhamos a consciência do que está acontecendo. Recebi a ligação de um empresário que tem 12 funcionários e com medo os liberou por 15 dias. No geral, as pessoas estão sem trabalhar, e têm pessoas que não recebem salário fixo", ressaltou.

Luz aproveitou para fazer questionamentos aos secretários sobre as estratégias adotadas pelo Estado e o Município.

"Já está tendo a vigilância sanitária no aeroporto? E nas fronteiras? Porque sabemos que é responsabilidade do Governo Federal fechar as fronteiras, mas, enquanto não fecha, a vigilância sanitária pode atuar lá, no sentido de fazer cadastro de quem chega e quem sai. É importante saber disso. Estes três casos são suspeitos ou confirmados? Em relação à contraprova dos confirmados no primeiro teste, qual a média para descartar os confirmados? Em São Paulo quase 50% dos confirmados na contraprova não dá nada. Pergunto porque estes três casos foi o que tumultuou tudo. A partir de agora, acredito que as autoridades estão tendo muito mais cuidado. Faço o compromisso de cada vez mais replicar as informações. Só quero que as coisas sejam esclarecidas porque, caso contrário, ficamos sem saber o que fazer. Eu diria que hoje a principal questão é a comunicação. Acredito que isso está melhorando. E digo que podem contar com o nosso trabalho", concluiu.