Tribuna Popular – Câmara recebe trabalhadores do transporte público que alegam colapso no sistema a partir de junho

por Lumarques — publicado 27/04/2021 15h04, última modificação 27/04/2021 15h04

Na sessão desta terça-feira (27) a Câmara Municipal de Rio Branco recebeu no espaço Tribuna popular dois colaboradores do transporte coletivo da capital para tratar do possível colapso do transporte público e a situação dos trabalhadores no período de pandemia.

O motorista Mauricélio Freire ressaltou que desde dezembro do ano passado, os colaboradores estão com os seus vencimentos atrasados e que o único meio que eles vêm recebendo é por um auxílio do governo federal através do programa “Bolsa Qualificação”, que é um curso que eles realizam em troca de um auxílio e que a data de expiração é para junho. Ainda em sua fala, afirmou que o colapso do sistema é previsto pois os trabalhadores vêm recebendo através de diárias.

Já o colaborador Cassio Muniz, afirmou que a situação é preocupante e que sem ajuda do poder municipal mais de 500 trabalhadores serão demitidos após o fim do auxílio e que as empresas irão decretar falência.

No tempo cedido aos vereadores inscritos, Lene Petecão (PSD) defendeu a necessidade de abrir a “caixa preta” do transporte coletivo e instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para discutir os supostos desmandos, desvios financeiros, falta de pagamento a funcionários e outras irregularidades dentro do transporte coletivo.

O vereador Fábio Araújo (PDT), criticou o prefeito Tião Bocalom (PP) e disse que não existe “caixa preta” do transporte coletivo conforme foi dito pelo prefeito e afirmou que o que existe é um déficit nas contas das empresas e que pode ser resolvido conforme a sugestão enviada pela Câmara junto com o veto ao ultimo PL apresentado pelo Executivo, que segundo o vereador, irá amenizar essa situação.

Já o vereador Emerson Jarude (MDB) lamentou a situação dos trabalhadores do transporte coletivo e afirmou que os empresários do ramo deveriam ser presos. “Essas empresas são as verdadeiras máfias e não é dando subsídio ou fingindo que vai dar tarifa social que vai acabar com esse problema. Aquele último PL foi uma maquiagem e não há garantia nenhuma que esse dinheiro iria para os trabalhadores dos coletivos. É preciso abrirmos novas licitações para tirar essa máfia”, afirmou.