Marcha das Margaridas é tema de Tribuna Popular na Câmara de Vereadores

por Marcela Jansen publicado 03/08/2023 15h05, última modificação 03/08/2023 15h05

 

Atendendo a requerimento do vereador Fábio Araújo (PDT), a Câmara Municipal de Rio Branco realizou na quinta-feira, 3, uma Tribuna Popular no qual debateu a Marcha das Margaridas em 2023, que ocorre nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília. Esta é a sétima edição da marcha e traz o lema Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.

“Quero, primeiramente, parabenizar todas as trabalhadoras que lutam por melhorias de trabalho e de vida. Tenho acompanhado essa luta e mais uma vez me coloco a disposição para contribuir da melhor forma possível para fortalecer e ampliar esse debate. Precisamos mostrar a realidades dessas mulheres e quanto estão abandonadas pelo poder público”, disse Fábio Araújo.

Na ocasião, a Casa Legislativa recebeu a coordenadora da Marcha das Margaridas, Luana Pereira; a secretária de Mulheres da Fetacre, Maria de Fátima Rocha, e a secretária geral da CUT/AC, Lisiane de Araújo.

Luana ressaltou que a pauta da marcha foi construída em diversas reuniões pelo país, realizadas desde 2021. “Ela apresenta tudo aquilo que as mulheres consideram necessário para combater a violência sobre os nossos corpos e efetivar programas, medidas e ações que contribuam para nossa autonomia econômica”, disse.

Maria de Fátima relatou como ocorreu surgimento do movimento. “A Marcha das Margaridas é uma das principais mobilizações de massa. Recebeu este nome em homenagem à Margarida Maria Alves, líder sindical assassinada em 12 de agosto de 1983, na Paraíba. Nosso objetivo é buscar políticas públicas e fortalecer os direitos das mulheres junto ao Poder Público”, frisou.

Lisiane, por sua vez, destacou a importância da presença do Poder Legislativo no debate. “Agradeço ao vereador Fábio Araújo por abrir espaço aqui na Câmara Municipal para esse tema tão importante. É através dessa marcha, mulheres se reúnem para reivindicar os seus direitos. Estudamos e trazemos treze eixos que são os problemas enfrentados nos país inteiro”, falou.

A pauta de reivindicações é composta por 13 eixos. Confira abaixo:

  1. Democracia participativa e soberania popular
  2. Poder e participação política das mulheres
  3. Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
  4. Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
  5. Proteção da natureza com justiça ambiental e climática
  6. Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
  7. Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios (territórios costeiros, influenciados pela maré)
  8. Direito de acesso e uso social da biodiversidade e defesa dos bens comuns
  9. Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
  10. Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
  11. Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
  12. Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
  13. Universalização do acesso à internet e inclusão digital