Mamed Dankar questiona fiscalização de descarte de remédios vencidos e resíduos médicos e hospitalares

por victor.farias — publicado 24/05/2019 10h51, última modificação 24/05/2019 10h51

O petista Mamed Dankar questionou para onde estão indo os medicamentos vencidos. O vereador demonstrou preocupação com a maneira que o descarte não só dos remédios, mas também de outros resíduos de saúde como ampolas, agulhas, gazes, esparadrapos estão sendo realizados em Rio Branco.

“Eu fico preocupado com relação ao que eu vi e ao que eu ouvi ontem lá na Unidade de Tratamento de Resíduos (Ultre). Segundo o vereador lhe foi relatado que a autoclave está a dois anos sem funcionar. “A autoclave é o equipamento que faz a esterilização de todo o resíduo de saúde que chega lá na unidade, não só de medicamentos, mas todos os resíduos médicos hospitalares”, explicou Dankar.

O vereador explicou ainda que existe uma vala séptica onde esses resíduos são jogados, somente depois jogam cal em cima e esperam por um certo tempo para então poder jogar terra e cobrir.

“Eu fiquei preocupado com isso, porque nós aprovamos aqui em 2017, com o ex-prefeito Marcos Alexandre o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos sólidos, eu fui o relator e na página 101 do plano, fala justamente o que fazer com estes resíduos de saúde. Lá diz que tem que ter autoclave, tem que esterilizar o material que chega, tem que descaracterizar através de um triturador para aí sim jogar no lixo”, relatou Mamed.

Dankar disse ainda que  questionou o motivo da autoclave não estar funcionando. “Disseram que é porque tem que ter uma demanda muito grande e hoje não tem mais, chega em média 140 quilos por dia desse resíduo e não justificaria o funcionamento da autoclave que é um custo alto, são peças importadas. Mas fica uma pergunta: não tem um equipamento menor? Não tem um triturador para fazer a descaracterização? Como é que nós vamos tratar isso?”, questionou.

Dankar prosseguiu: “ Eu vi fotografias de material e restos de medicamentos misturados com o lixo comum, porque a pessoa que gera aquele lixo não está tendo o cuidado ou está de forma criminosa camuflando, colocando no lixo comum e mandando para a unidade e só é percebido lá,  quando se despeja o lixo, vez por outra se consegue identificar que tem medicamento e outros materiais e sabe-se lá que tipo de materiais já foi para lá por conta de pessoas irresponsáveis que não fazem o descarte correto. Então hoje aqui em Rio Branco nós estamos fingindo que estamos fiscalizando e alguns estão fingindo que estão cumprindo a lei”, finalizou.