Fábio Araújo questiona a logística de distribuição de sacolões pela prefeitura as famílias alagadas

por Marcela Jansen publicado 14/03/2024 16h05, última modificação 14/03/2024 16h01

 


Durante a sessão da Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na quinta-feira, 14, o vereador Fábio Araújo questionou à distribuição dos sacolões pela prefeitura, durante a situação provocada pelas recentes alagações na cidade.

“Nós temos grande parte da população que foi afetada pela alagação e, infelizmente, alguns secretários e alguns gestores se utilizam da situação e estão abusando das pessoas que realmente precisam e estão fazendo politicagem na entrega dos sacolões", disse.

O vereador alegou falta de organização na entrega dos sacolões, e também destacou casos em que os recursos foram distribuídos de forma desordenada, e deixaram de alcançar quem realmente precisa.

“A prefeitura falou e prestou conta de 6.642 kits mas como que tem esse controle se não tem aqui dizendo o que cada um recebeu, então fica aí o apelo das pessoas que estão retornando para suas residências e não estão recebendo kit porque entregaram os kits de forma desordenada e faltou kit para quem realmente precisa, então temos que verificar e vamos encaminhar um requerimento para a prefeitura de Rio Branco solicitando esses esclarecimentos.”

Fábio tratou ainda sobre o programa Recomeço, e criticou a falta de utilização de recursos armazenados, como colchões, que poderiam ter sido usados para ajudar as famílias que foram afetadas pelas inundações, mostrou uma nota do TRE, e questionou a prefeitura sobre isso.

“Temos pessoas até hoje, já passou um ano desde a última alagação, tivemos outra, e elas não receberam esses móveis, e essa nota aqui é do próprio tribunal regional eleitoral, que a prefeitura de Rio Branco até o presente momento não fez nenhuma consulta em relação ao programa recomeço resumindo essa é a manifestação do presidente do TRE ai quero deixar a pergunta a prefeitura de Rio Branco, o que será feito com mais de 7 mil itens que estão dentro daquele galpão se estragando.”

E finalizou, fazendo uma indicação à prefeitura de Rio Branco em relação ao concurso público promovido por ela e pediu a prorrogação das inscrições, argumentando que a população foi impactada pelas enchentes e não deveria ser prejudicada pelo período eleitoral.

“Eu não posso prejudicar uma população, numa carreira pública, em um concurso público por conta de uma eleição que vai ocorrer esse ano, se nossa população, grande parte da população carente, os concurseiros, foram afetados por essa alagação, então eu não posso prejudicar esse povo por conta do período eleitoral, então se temos uma eleição, os prazos por conta do período, suspenda o concurso e deixe para fazer ano que vem, então faço essa indicação para que a prefeitura de Rio Branco possa prorrogar as inscrições.”

(Por Fernanda Maia, estagiária de Jornalismo na CMRB)