Câmara e mototaxistas debatem criação de aplicativo para a categoria
A Câmara de Rio Branco recebeu na manhã de quarta-feira, 20, uma comissão de mototaxistas. A categoria reclama do valor dos aparelhos de taxímetro e de suposto monopólio da empresa que realiza a comercialização.
A utilização do mototaxímetro foi regulamentada em 2017, conforme portaria da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans). Com isso, o uso do equipamento que mede o valor da corrida baseado na quilometragem percorrida, passou a ser obrigatório pelos permissionários. A renovação da licença passa necessariamente pela implantação do equipamento.
Os mototaxistas alegam que muitos profissionais não possuem condição financeira de adquirir o equipamento. Nesse sentido, eles pedem a intervenção da Câmara de Rio Branco junto à empresa que comercializa.
“As corridas diminuíram. Essa crise econômica tem afetado muito o nosso trabalho, sem falar o surgimento do motorista Uber. Eles estão conseguindo fazer corridas mais baratas que nós. Estamos perdendo espaço e dinheiro. Devido isso muitos de nós não estão conseguindo comprar esse aparelho. Estamos com um dilema: ou colocamos comida na mesa, ou compramos o mototaxímetro. Imagina você investir um valor alto em um aparelho e não ter cliente?”, questionou um mototaxista presente na reunião.
Atualmente, de acordo com o presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Luiz Araújo, o mototaxímetro custa R$900 quando pago a vista, e R$ 950 reais a prazo, sendo parcelado em até dez vezes. Ele alega que já buscou junto à empresa uma redução no valor, porém, foi informado que o preço era igual em todos os estados do país, portanto, não haveria a possibilidade.
Ao final da reunião, os vereadores presentes da reunião firmaram o compromisso de fazer contato com a empresa que comercializa o aparelho para tentar mediar um novo valor acessível à classe.
“Vamos tentar viabilizar uma redução nesse valor, assim como vamos iniciar um conversa com a RBTrans para ver a possibilidade de se criar um aplicativo a fim de otimizar o trabalho de vocês e, consequentemente, reduzir esses gastos”
A lei obriga que até outubro desse ano todas as motocicletas do serviço devem completar a instalação do mototaxímetro.