Caligrafia ilegível nas prescrições médicas foi tema de debate na Tribuna Popular

por Marcela Jansen publicado 27/04/2023 09h37, última modificação 27/04/2023 09h37

 

A pedido do vereador Antonio Moraes, a Câmara Municipal realizou na quarta-feira, 26, uma Tribuna Popular no qual debateu sobre as prescrições médicas. Na oportunidade, a Casa Legislativa recebeu o senhor Anderson Santana que relatou a dificuldade em comprar medicação ao filho doente devido à caligrafia médica ilegível.

“Isso é mais corriqueiro do que pensamos. Meu filho adoeceu e o levei a clínica médica, foi atendido e, posteriormente, fui até a farmácia comprar a medicação para ele e me deparei com uma receita médica ilegível”, disse Anderson ao destacar que passou por três farmácias até retornar a clínica.

“Eram dois remédios e somente um foi possível entender o nome, o outro não foi identificado em nenhuma das três farmácias que passei. Retornei a clínica e ainda tive que brigar para poder ter contato novamente com o médico porque ele já não estava mais de plantão e não queriam incomodá-lo”, disse ele.

Anderson questionou a caligrafia médica. Ele lembrou a existência da lei federal que obriga que a receita médica seja de fácil entendimento ou impressa. “Que tipo de caligrafia é essa? Não representa o alfabeto que conhecemos”, destacou. E acrescentou: temos uma legislação que diz que toda prescrição médica deve ser de fácil entendimento ou impressa. E porque a lei não é cumprida?”, questionou.

O autor do requerimento, vereador Antonio Moraes, frisou que o tema deve ser mais debatido dentro do parlamento municipal. “Esse tema é importante, pois se trata de saúde pública. Precisamos fazer cumprir a lei, tendo em vista que estamos tratando de vidas. Imagina você ir na Farmácia comprar um remédio e voltar com o errado porque confundiram devido a caligrafia ilegível. Temos, sim, que debater esse tema aqui nesta Casa”, falou.

E acrescentou: “sugiro mandarmos um documento para o Conselho Regional de Medicina solicitando o cumprimento da lei e relembrando dos perigos que se existe com a ingestão de remédio errados”, finalizou.

Os vereadores Samir Bestene e Arnaldo Barros também falaram durante a tribuna popular. Ambos pontuaram sobre o cumprimento da lei federal.

“Parabenizo o vereador Antonio Moraes por ter trazido este tema para ser debatido dentro desta Casa. Quase todo mundo já passou por esse problema, dificuldade em entender a caligrafia médica. Precisamos fazer com que a lei seja cumprida e que as receitas sejam de fácil entendimento”, disse Bestene.

“Quem assume a responsabilidade quando o pior acontecer? Olha a irresponsabilidade de quem deveria primar pela saúde do paciente, coloca em risco com a possibilidade de ingestão de medicação errada. É um tema que de vê ampliado”, falou Barros.